Uma questão de realidade: Sinatras e Piafs portugueses | «Por isso é que eu canto o fado. É o destino. Portugal não tem esse meio artístico [dos Estados Unidos da América], mas tem muitos artistas a pretenderem ser artistas “estrangeiros”: uns querem ser os Frank Sinatras outras julgam ser as Piafs portuguesas… e têm um enorme apoio! Eu, a única coisa que realmente tive sempre foi o público, que me escolheu desde o princípio. Conheci gente a quem diziam “venha cá daqui a 15 dias”, e eles voltavam, “venha cá daqui a um mês”, e eles voltavam. Se me tivessem dito isso uma só vez, eu não voltava nunca mais. Pensava logo que as pessoas não me queriam, que eu não prestava para nada. Mesmo com a carreira que já fiz, com as provas mundiais que tenho dado, estou sempre à espera que as pessoas não gostem.»
Semanário, Lisboa, 21 de Setembro de 1985, «Amália, por vontade de Deus», entrevista por Maria Elisa.
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Acerca de Allan Grant, cronista fotográfico de Hollywood: Ben Cosgrove, «Allan grant Life Magazine’s great chronicler of Hollywood», Time, Nova Iorque, 12 de Outubro de 2012, online.